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Cartografando Discursos-Cangaço no Nordeste Brasileiro (2009)
O projeto lançou um olhar sobre as identidades e territorializações do Nordeste brasileiro, tomando por viés uma de suas principais “invenções imagéticas”: o cangaço. Seguindo uma linha que entende os relatos e reminiscências discursivas como constituidoras da identidade, o projeto caminhou para a busca das tecituras presentes nos discursos-cangaço, tomando para tal o diálogo com comunidades das localidades que constituiriam uma “rota do cangaço” em Alagoas. Este diálogo ocorreu de duas formas: a primeira através de levantamentos de história oral e a segunda através da discussão com agentes locais de material iconográfico e audiovisual (fotos, documentários, filmografia) que ajudaram a construir um discurso sobre esta identificação nordestina de modo ambíguo, como herói/bandido de um território que vai alem do nordeste sertanejo, expressando-se ora como Antonio das mortes ora como facínora estuprador e degolador, ora como Hobbin Hood dos sertões. O resultado central da pesquisa foi a produção de um mapeamento em conjunto com a comunidade local de uma “rota do cangaço” alagoana, não como desveladora do “verdadeiro roteiro de Lampião”, mas compreendendo que os discursos extrapolam o sertão, perpassam o agreste e a zona da mata nordestina, subvertendo e contaminando o território nordestino e constituindo parcela importante da identidade nacional.



Nordestanças: filmando o cangaço no Nordeste contemporâneo (2009)
 Este projeto remete a uma vinculação entre as atividades de ensino da área de Teoria e História da Arte, da arquitetura e do Urbanismo e das atividades de pesquisa iniciadas pelo Grupo de Pesquisa Nordestanças em conjunto com o Grupo de Pesquisa Modernidade e Cultura (GPMC-UFRJ). Este vínculo se estreita através da percepção do audiovisual como forma de criação artística e simultaneamente como forma de pesquisa no campo das ciências sociais.  O projeto incluía a produção de pesquisa audiovisual, com ênfase na produção de peças de não-ficção (videodocumentários) que investigaram, através de entrevistas e pesquisa bibliográfica e audiovisual, a questão da identidade nordestina em seu aspecto urbano/rural, enfatizando num primeiro momento o território do cangaço. Estas peças audiovisuais foram produzidas  apoiadas em propostas metodológicas que vão além da simples utilização das imagens animadas como instrumento de registro, mas que as compreendem como discursos, e portanto politicamente implicadas. Além disto, os documentários foram produzidos, na medida do possível, em parceria com as comunidades, rechaçando a percepção usual que as pensaria como objeto do olhar do cineasta. A produção de vídeos baseados em levantamentos de história oral colocou os alunos em contato direto tanto com as questões da práxis da produção cinematográfica, quanto com questões éticas e metodológicas da pesquisa audiovisual no âmbito social.

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